Coordenadora da Mulher destaca resultados positivos no biênio
No biênio 2017/2018, a juíza coordenadora da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar de MS, Jacqueline Machado, trabalhou muito na tentativa de reduzir toda forma de violência direcionada às mulheres e, para isso, desenvolveu várias campanhas, treinou parceiros e servidores, conquistou a admiração de personalidades do mundo jurídico e famosos da área gastronômica. E o mais importante: tanto esforço e dedicação rendeu à coordenadora o prêmio de Direitos Humanos 2018, na categoria Mulher, no Ministério de Direitos Humanos. Uma das muitas iniciativas inovadoras da Coordenadoria da Mulher, órgão vinculado à Presidência do TJMS e que recebe todo apoio do Des. Divoncir Schreiner Maran, realizada em parceria com a Secretaria de Comunicação, premiou profissionais do jornalismo que atuam de forma séria como formadores de opinião: o 1º Prêmio de Jornalismo.
Passados os dois anos, a juíza fez uma análise do trabalho realizado e da repercussão dos feitos. - Como é ser responsável por uma Coordenadoria que necessita de tanto trabalho?
Jacqueline Machado: É um desafio diário, pois é uma área muito complexa e às vezes muito mal compreendida. A sociedade, por ter uma cultura patriarcal, comumente tem dificuldade de ver a mulher em situação de violência doméstica como vítima e tende a culpabilizá-la, o que dificulta muito o enfrentamento dessa violência.
- Nesses dois anos, alguma vez, a senhora pensou em desistir dessa luta? Houve algum obstáculo que a fizesse desanimar?
Desistir jamais, mesmo porque tive muito apoio do Des. Divoncir Schreiner Maran, presidente do TJ, e do Des. Júlio Roberto Siqueira Cardoso, diretor-geral da Ejud-MS, dos juízes auxiliares da Presidência, doutores Luiz Antonio Cavassa de Almeida, Flávio Saad Peron e Renato Antônio de Liberali, do diretor-geral do TJ, Marcelo Vendas Righetti, além de outras áreas do TJ, como a Secretaria de Comunicação, Cerimonial, Planejamento e Gestão de Pessoal. Consegui montar uma equipe pequena (Anne, Vanessa, Sandra, Liliane, Meire, Edgar e Rodrigo), mas excelente e determinada, além de contar com o apoio de colegas colaboradores que sempre auxiliaram, Dra. Liliana Monteiro, Dr. Alessandro Leite Pereira, Dr. Jessé Cruciol e Dr. Rafael Mateucci. É claro que houve obstáculos, principalmente para colocar em prática os projetos que iam sendo criados, mas a determinação e a força de vontade da equipe superou todos os obstáculos.
- Das propostas que tinha para colocar em prática na Coordenadoria da Mulher, alguma ficou de fora? Por quê?
Fizemos planejamento de todos os projetos que tínhamos a intenção de colocar em prática durante o biênio e tenho certeza que nos superamos, porque atualmente temos 11 projetos em andamento e ainda conseguimos levar cursos de formação de rede de atendimento às mulheres em situação de violência para vários municípios do interior do Estado.
- Ao fim de um biênio de tanto trabalho, o que dizer sobre tudo o que foi realizado, as alegrias, as impossibilidades?
Só tenho que agradecer por ter tido a oportunidade de fazer esse trabalho e ver como é possível fazer a diferença na vida das pessoas. Dificuldades e impossibilidades sempre vão surgir, mas temos sempre que olhar além, porque sempre existirá outro caminho, outras possibilidades. E assim trabalhamos esses dois anos na Coordenadoria, sempre com olhos nas persas possibilidades. - A senhora tem planos para o próximo biênio? Caso não continue no comando da Coordenadoria, o que dizer para o(a) próximo(a) coordenador(a)?
Sim, planos e sonhos a realizar é o que não me faltam, tenho muito trabalho na Casa da Mulher Brasileira e como vice-presidente do Fonavid. Além disso, pretendo aprimorar conhecimentos através do mestrado. O(a) próximo(a) coordenador(a) tem algum caminho já percorrido, mas muito ainda por fazer, já que os números da violência contra a mulher são inaceitáveis. Desejo muita disposição e tenho certeza que terá muito sucesso.