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Eu, Juíza apresenta mais uma magistrada

O "EU, JUÍZA” é uma ação desencadeada pela Diretoria da Mulher Magistrada da Amamsul e a entrevistada dessa edição é a desembargadora que iniciou a ação, com intuito de homenagear e apresentar as magistradas à sociedade. Conheça a magistrada Maria Isabel de Matos Rocha. 1) Qual a data de seu ingresso na magistratura de MS? 17/05/1985. 2) Está em exercício ou já se aposentou? Aposentada. 3) Como foi sua posse? Eu estava com meu marido e minha filha, com quase três anos de idade, de vestidinho azul e fazendo mil perguntas. Era a única mulher entre os seis empossados, a quarta mulher a ocupar o cargo de juíza. Dorival Pavan falou em nome dos empossados. 4) Como foi seu primeiro dia de juíza? Fui designada para exercer jurisdição plena em Eldorado e viajei para lá após a posse, onde fui muito bem recebida pela população hospitaleira da cidadezinha, que tinha uma única avenida com asfalto. Estava marcado um júri e eu nunca tinha feito júri (exercia advocacia civil antes de ser juíza), então minha primeira tarefa foi preparar-me para o júri. 5) Qual foi seu dia mais feliz de magistrada? Três dias especiais: em 2007, o dia em que o Projeto Padrinho conquistou o primeiro prêmio nacional, entre 239 inscritos no concurso “Mude um destino”, da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB); em 2012, na posse como desembargadora (era a quarta mulher a assumir tal cargo); e em 2013, ao assumir a Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJMS, era a oportunidade de realizar sonhos em prol da infância. 6) Qual foi sua ação mais significativa ou a decisão mais marcante, da qual se orgulha? O Projeto Padrinho, na Vara de Infância de Campo Grande, em 26/6/2000. Foi também gratificante o ano 2014, em que vi realizadas algumas ações do TJMS acolhendo propostas que fiz como Coordenadora da Infância (a Central de Depoimento Especial para crianças / adolescentes vítimas e testemunhas de violência e a Vara com atribuição de crimes contra crianças e adolescentes em Campo Grande), ações que contribuíram em parte para a premiação do TJMS com o Selo de Ouro da Infância e Juventude, outorgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2014. 7) O que mais a comoveu na atuação como juíza? Uma audiência em que um menino de cinco anos, com paralisia cerebral, estava no colo de sua mãe, descaindo para um lado. Ele acolhido desde bebê (uma chamada "adoção pronta informal", que inicia à revelia do Poder Judiciário). Sentado ao lado da mulher, o marido. Estava prevista uma sentença de adoção. Foi quando o marido disse: "Eu não quero adotar". Uma cena como a Pietà: lágrimas silenciosas caíam copiosamente no rosto da mulher segurando a criança no colo. Eu pensei que teria de mandar acolher a criança e procurar outra família. Perguntei à mulher: "E a senhora? Também desiste de adotar?". Ela respondeu baixinho, mas com voz firme: "Não, Dra. É meu filho". Eu pensei que ele não precisava de mais nada no mundo senão daquela mãe. Outra audiência marcante foi de uma menina de 14 anos, desde muito pequena com os adotantes, ela ia prestar consentimento para adoção e a mãe biológica também. Percebi que as duas não se viam há muito tempo, perguntei se a menina queria falar com a mãe biológica, ela disse: “Só uma pergunta". "Faça então", disse eu. Ela olhou de frente a genitora e perguntou: "Por que a senhora me deu para adoção, mas não deu o meu irmão?". Lágrimas de resposta. 8) Qual seu sonho de magistrada? Que a matéria da violência contra crianças e adolescentes ganhe a relevância que merece em todas as carreiras jurídicas, desde as instituições de ensino às práticas forenses. 9) O que gosta de fazer no tempo livre? Viajar, ler e assistir a um bom filme. 10) Qual seu desafio pessoal e/ou profissional mais relevante? Conciliar a vida familiar e afetiva com a realização profissional. O desafio profissional foi de cuidar que o lugar de fala de juíza fosse sensível a uma prévia escuta atenta dos jurisdicionados, com empatia perante suas angústias. O desafio mais recente é sair do relativo “espaço de conforto” da vivência de magistrada para reconhecer que, mesmo as mulheres em postos de poder, atuam em ambientes profissionais hostis em maior ou menor grau, com mecanismos mais ou menos sofisticados de silenciamento e estigmatização, tendentes a minimizar seu valor. E como tal, contribuir para incentivar debates científicos sobre a equidade de gênero (nas carreiras jurídicas e outras) e sobre a participação e representatividade femininas como pressupostos de pluralismo e persidade nos espaços de poder. 11) Cite uma mulher inspiradora, brasileira ou não. Minha mãe, que dedicou sua juventude a educar, sozinha, três filhas, todas com menos de 12 anos, enfrentando desafios de todo o tipo, depois que meu pai faleceu ainda jovem. 12) Cite uma mulher inspiradora que exerce ou exerceu um cargo no Poder Judiciário, Executivo ou Legislativo do Brasil, em qualquer esfera (municipal, estadual ou federal). Vera Lúcia Deboni, desembargadora do TJRS e atual presidente da AJURIS, uma referência na defesa dos direitos das crianças. 13) O que diria hoje numa frase a uma mulher que quer ser juíza? Confie em seu sonho, dê os primeiros passos, prossiga, não pule etapas, leve o tempo que for preciso, leve amigos em sua caminhada, se afaste de quem duvidar e nunca retroceda. 14) Diga uma frase que a define como mulher magistrada. Nada do que vivemos tem sentido se não tocarmos o coração das pessoas, então exercite a empatia aliada à competência: "Aqui e agora é meu lugar e meu tempo para ouvir estas pessoas".
24/06/2019 (00:00)
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