Primeiro Grupo Reflexivo de Homens desenvolvido em Natal conclui suas atividades
Após 10 semanas de funcionamento, terminou nesta semana o primeiro Grupo Reflexivo de Homens desenvolvido pelo TJRN na Comarca de Natal. A ação teve como objetivo principal tematizar, prevenir e combater a violência contra a mulher no contexto familiar, seu público-alvo foram nove requeridos em processos correntes no 3º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
A condução das atividades se deu por uma assistente social e um psicólogo, membros da Equipe Multidisciplinar do Juiz de Direito Rosivaldo Toscano. Para o desempenho desta ação, os profissionais do referido juizado receberam auxílio de uma equipe do Ministério Público do RN, também composta por assistente social e psicóloga do Núcleo de Apoio à Mulher Vítima da Violência Doméstica e Familiar (Nanvid), que conduzem atividades desta natureza desde 2012.
Temáticas como papéis de gênero, comunicação nos relacionamentos, Lei Maria de Penha e saúde do homem protagonizaram as discussões no grupo. Dentre os relatos de seus participantes, um homem apontou que comparecia a contragosto nas primeiras reuniões, por soarem como obrigação, mas que, após dialogar com os colegas e profissionais do grupo, passou a depositar expectativas a cada encontro, esperando ansioso pelo próximo.
Outro participante disse que procura empregar, semana a semana, algum aprendizado concebido nos encontros: “estou aqui porque o que eu fiz me trouxe até aqui, hoje consigo me colocar no lugar da minha esposa, conversamos mais e nos entendemos melhor”.
Para além de falar sobre seus processos ou reclamar de sua experiência junto ao Poder Judiciário, cada integrante do grupo demonstrou capacidade de aproveitar sua experiência com os colegas e elogiar esta iniciativa. “Deveríamos ter essas discussões antes de chegar até esse ponto”, relatou um deles sobre a importância da educação na prevenção da violência doméstica. Apesar de contar com menos de um ano de sua fundação, o 3º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher pretende dar sequência a esta e outras ações pioneiras na capital do Estado.